quinta-feira, 2 de junho de 2011

O jornalismo ou a sedução de massas

O jornalismo é, também, sedução...?

Sim, hoje é... Mas hoje é a sedução já de massas. O jornalista seduzia para ser querido e conhecido. E hoje não. As intenções são muito mais materiais. Seduz-se um povo inteiro para o levar a determinadas manifestações, que nada têm a ver com a admiração, porque essas pessoas que controlam a sedução são pessoas que não aparecem.


Quanto às relações entre a cultura e o jornalismo. Acha que o jornalismo está a cumprir a sua, vamos, função, em termos de divulgação, em termos de crítica...?


Há uma coisa em que eles hoje são melhores, os críticos... O crítico de cinema, hoje, como ele escreve, como ele está informado, como ele é capaz de ter uma visão do espectáculo. E, enfim, quem diz cinema diz teatro. E do espectáculo, em geral. Não tanto na política... (...) Mas a verdade é que o jornalismo português subiu muito o nível - em casos isolados. Baixou na generalidade... ou tornou-se mais mediano. Mas na especialidade melhorou...


(Entrevista a Agustina Bessa-Luís)

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