terça-feira, 31 de maio de 2011

"A mãe pousou o livro nas mãos do filho"

“A mãe pousou o livro nas mãos do filho. Que mistério. O rapaz não conseguia imaginar um propósito para o objecto que suportava. Pensou em cheirá-lo, mas a porta do quintal estava aberta, entrava luz, havia muita vida lá fora.”
Inicia-se a espantosa viagem de Livro. Dividida em duas partes distintas, a obra contempla numa primeira fase o ambiente rural, de miséria, de fome mas também de falta de liberdade. Retrata-se a “felicidade proibida” de Ilídio e Adelaide, duas personagens presentes no romance, envolta pelo medo, pelo preconceito, pela vergonha, pela censura do regime Salazarista.
A acção desenrola-se numa vila pobre do interior de Portugal e caracteriza-se pela descrição autêntica e realista. A comprová-lo surgem episódios como, a matança do porco ou os tradicionais bailes, onde todos convivem e participam. Os bailes de verão são a grande festa da vila e o ponto de encontro dos emigrantes com os seus familiares, mas sobretudo o reencontro com as suas raízes, com os seus hábitos e tradições.




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