sexta-feira, 10 de junho de 2011
"Ouvir" Tarzan Boy
"Ver" Vitinho

Porquê, "Livro"?
Inicialmente sugerida pela docente da Unidade Curricular, Professora Dina Baptista, a leitura de "Livro" revelar-se-ia surpreendente. Confesso que desconhecia a obra de José Luís Peixoto, mas de facto a sua escrita é sublime e cativante. O realismo das descrições, a autenticidade das personagens, a simplicidade da escrita, mas também a forma apaixonada como retrata o seu Portugal, são apenas alguns dos motivos para a leitura de "Livro". Para além do referido, JLP descreve com exactidão as histórias de vida dos muitos emigrantes que, ano após ano, partiam(em) em busca de uma vida melhor. Numa clara homenagem aqueles que sacrificam o abandono da sua terra, das suas gentes, o autor distingue de forma magnifica, a ruralidade, a pobreza, a má formação (Portugal) e o ambiente urbano, eloquente, enriquecedor e próspero (França).quinta-feira, 9 de junho de 2011
Estorvo

Embora a obra "Estorvo" não seja e ex-libris do escritor eu gostei bastante de o ter lido.
Aliás tanto gostei de ler um livro do Chico Buarque, que já estou a ler outra obra realizada por ele, que se chama "Budapeste".
"Usar" Calças que picam

"Brincar" Bate-pé

Estorvo

A cidade transforma-se num imenso deserto, onde tudo perdeu o sentido.
Podemos dizer que este livro é a expressão máxima da solidão humana.
Sem dúvida um livro cheio de beleza literária onde faltará, porventura, uma estrutura narrativa capaz de enredar o leitor naquilo que a maioria de nós procura num livro: uma "estória". Estorvo não é uma "estória", é a alma de um homem que é estorvo no mundo. Ou melhor, a "estória" de um mundo que é estorvo para um homem
Livro, viens ici
La belle Paris
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Beija-Mim
Sinceramente a minha escolha residiu essencialmente no facto de conhecer o autor e na curiosidade que o livro me despertou pelo seu título original.
Enquanto leitora que adora romances, achei pela sinopse do livro, que seria bastante interessante recuar um pouco à minha adolescência e poder rever talvez a história de Benjamin...
Agora, depois da leitura e respectiva análise ao livro estarem efectuadas, recomendo que todos o leiam...pelo carinho, pela inocência, pela ternura, pela "delícia" de em parte "encarnarmos" nesta personagem muito engraçada e que reflecte em muitas linhas a vida de alguns jovens.
Um livro que embora se destine, de um modo mais amplo, a adolescentes, faz as maravilhas também dos adultos.
Beija-Mim
Censura e eufemismos infantilizantes...

«Os negros não gostam de Little Black Sambo. Queimemo-lo. A Cabana do Pai Tomás não agrada aos brancos. Queimemo-lo. Um tipo escreveu um livro sobre o tabaco e o cancro do pulmão? Os fumadores de cigarros ficam consternados. Queimemos o livro. (…) Liquidemos os problemas, ou melhor ainda, lancemo-los no incinerador. (…) Queimemo-los, queimemos tudo.»
A teoria, explicada pelo capitão dos bombeiros, Beatty, a Montag, resume a filosofia vigente. Só no livro? Bem, talvez não tenhamos chegado a tanto, mas a tendência actual é para eufemizar tudo, da velhice à morte, do perigo à tristeza. O que não queimamos, escondemos. O que não embelezamos, tratamos com anti-depressivos. Teríamos hoje as obras-primas da literatura, e de outras artes, se os seus autores tivessem vivido na era Prozac? Mesmo em Portugal, país que Miguel de Unanumo chamou de suicida, o que seria de O Só, de António Nobre? Da poesia de Florbela Espanca ou de Fernando Pessoa? O que seria de nós sem o direito a aceder ao nosso lado lunar?
O que será de nós...
terça-feira, 7 de junho de 2011
Estorvo

No livro "Estorvo" a personagem principal vive em permanente equilíbrio precário entre o sonho e a vigília, o real e o pesadelo, a inquietação e o medo, sempre na margem do mundo. Vítima da modernidade, ele narra-nos os seus dramas submetendo a eles todo o percurso narrativo, num monólogo interior em que narrador, personagem e autor se misturam.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Memória e dignidade
"Seja um homem, Senhor Ridley. Vamos hoje, pela graça de Deus, acender na Inglaterra um facho que, tenho a certeza, nunca mais se extinguirá".