segunda-feira, 16 de maio de 2011

"Livro" de José Luís Peixoto

O "Livro" do autor, José Luis Peixoto é, definitivamente, de leitura obrigatória. A viagem que agora inicio comprová-lo-à!
Neste momento, importa analisar a perspectiva deste jovem autor, acerca da importância que o livro assume do ponto de vista do leitor. No mínimo curiosa.
"Acredito que a vida de um livro enquanto está nas mãos do autor não é mais importante do que quando está nas mãos do leitor".
"Tudo o que um leitor leia num livro é legítimo porque nessa fase o leitor é tudo, é ele que faz o livro".

3 comentários:

  1. Até ao limite, disse ao editor, o também escritor Francisco José Viegas, que o título do novo livro ainda não estava encontrado - não era verdade. “Livro”, um título que, reconhece o autor, “precisa de ser muito justificado”, conta uma história bem portuguesa que não tem sido contada: a dos emigrantes que, depois dos anos 70, rumaram a terras de França em busca de uma vida melhor.
    Filho de emigrantes, natural de uma pequena aldeia, Galveias, fértil em nomes “com sabor, cor e organizidade”, foi às suas próprias raízes que José Luís Peixoto foi buscar as personagens e histórias para escrever parte da História de um país que, também pela emigração, se abria ao mundo. Quanto a si, foi em muito pelos livros que se deu conta desse mundo que, hoje, o lê em várias línguas. “Livro” é, por isso, também uma homenagem ao objecto que, em cada leitor, se transcende e se acrescenta. E à língua, que se faz falando, mesmo quando ela se nos molda em palavras como «vacances» ou, ironizou o escritor, «cocktails».
    A admissibilidade das novas palavras, dos estrangeirismos, a violência de uma viagem feita com malas de esperança e de receios, o retrato de um país que mudou de rosto – com novos penteados, novos nomes nos registos e casas com azulejos de cores berrantes – e de fronteiras mentais, está nas cerca de 260 páginas deste “Livro”, de que José Luís Peixoto leu, nesta apresentação no Casino Figueira, diversos trechos.

    Andreia Gouveia, in O Figueirense, de 8 de Outubro de 2010
    (http://www.ofigueirense.com/seccao.php?id_edi=200&id_sec=1)

    ;)

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  2. Um livro é aquilo que nós fazemos dele...e sem dúvida que é o leitor que lhe dá o patamar de importância que assim entende.

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  3. O jornal"O figueirense", certamente, nunca mais foi o mesmo! De facto, José Luis Peixoto inova nas palavras mas também no retrato fiel da época salazarista.
    Quanto ao livro e à sua leitura, concordo contigo Carla, a condução e motivação para a sua leitura depende em grande parte do sentido que lhe conferimos.

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